A bandeira na Ásia

No final de Fevereiro deste ano houve, no complexo da Encarnação, uma despedida emocionalmente pesada. O número 13, ex-capitão da equipa rumava a África para dar seguimento aos seus sonhos pessoais e vontades profissionais. Não um adeus definitivo, que isso só mesmo quando morrer, mas um até já prolongado que impediria a presença assídua nos relvados, com as riscas laranjas e pretas vestidas e o símbolo ao peito, como era hábito. O jogo foi, para o 13, um aproveitar de cada segundo, pois ao apito final era ditada a despedida dos relvados. Em homenagem aos colegas, amigos, adeptos e ao mundo do futebol…o 13 marcou um golo de trivela (ao fim de 10 anos de tentativas!!). Inesquecível...

A Tertúlia contou com quase todos os jogadores e teve, sem dúvida, uma nuvem de positividade no ar. Foram entregues camisolas, foram feitos brindes, cantou-se, bebeu-se e, a dada altura, a equipa conseguiu deixar o 13 atrapalhado, quando lhe ofereceu uma bandeira e uma matricula! Não havia muitas palavras que atravessassem o nó de emoção que se tinha instalado na garganta. Muitos obrigados, olhos radiantes e um sorriso demoradamente instalado na cara.

Ficava no ar uma promessa silenciosa de que o 13 iria embora, sim, mas com o objectivo de evangelizar outros horizontes. Tinha a missão de ir mostrar ao mundo, com a sua bandeira, que existe um espírito Tertuliante, existe uma família laranja e uma equipa de garra superior…

O 13 cumpriu, na Ásia. A bandeira foi, aliás, acreditem ou não, a primeira coisa a entrar na mala de viagem! Durante todas as fotos e exibições da bandeira muitos foram os curiosos que atrasaram o passo na sua passagem para apreciarem a bandeira e para dela beberem inspiração.

Nos arranha-céus de Hong Kong, vistos de cima e de baixo.

No barco, com um adepto e cerveja, a caminho de Macau para ver o jogo…de casino!

À porta do mercado vermelho, onde há mais animais vivos nas bancas que nalguns ZOO’s.

Na igreja de São Paulo, famoso monumento de Macau.

No casino Lisboa, um dos mais antigos casinos de Macau.

No Venice, o maior casino de Macau, numa ponte de Veneza falsa, com gôndolas verdadeiras.

Em Kuala Lumpur, junto das segundas torres mais altas do mundo, as Petronas.

A evangelizar macacos na Malásia. Alguns pareciam querer agarrar a bandeira, arregalando mesmo os dentes na minha direcção. Eu compreendo a tentação, mas eu iria para outros locais que me obrigavam a manter a bandeira comigo.

Em Malaca, a 10432Km da sede do clube, em Lisboa.

A evangelizar crocodilos. Nestes não houve grandes sinais exteriores, mas estou certo de que lhes invadi a memória e o coração.

A bandeira na praia, na Malásia, a suportar o descanso merecido do número 13.

No barco para Koh Pah Ngan, uma jornada de 8 horas já com algumas simpatizantes a bordo.

Na festa transe Half Moon Party, prima da tão famosa Full Moon Party que junta todos os meses cerca de 10 mil pessoas!

Com a Yumi, sul coreana que disse à primeira, quase sem hesitar, correctamente o nome completo do clube. Uma fã!

A bandeira no barco a despedir-se das ilhas da Tailândia, a caminho de Bangkok.

No autocarro, nas filas da frente, os fãs a caminho de Bangkok. Tronco nu, cânticos e bandeira ao vento…

Em pleno centro de Bangkok (Khao San road) a vender cerveja e um adepto Tailandês enlouquecido de paixão pela bandeira.

Apesar das ameaças de roubo, junto do Buda deitado. Posição que ele adopta quando chega ao Nirvana, ao ponto máximo de reflexão e paz interior.

A bandeira foi ao espectáculo erótico nocturno onde, mulheres (e alguns ex-homens) profissionais, fazem coisas inimagináveis com a vagina: fumar, tocar cornetas, lançar dardos e, claro, disparar bolas de ping-pong para o público! Um belo nojo!

I would like to thank to all photographers and participants of this beautiful collection.

O Dínamo além fronteiras.

Abraço, o sempre vosso…o 13…